03.11.2021

Teatro Sérgio Cardoso apresenta temporada híbrida do espetáculo A Mulher e um Corpo, dramaturgia inédita de Kiko Marques com direção de Eric Lenate

Teatro Sérgio Cardoso apresenta temporada híbrida do espetáculo A Mulher e um Corpo, dramaturgia inédita de Kiko Marques com direção de Eric Lenate

Escrito a partir do relato feito por um desembargador do tribunal de justiça do estado, a peça A Mulher e um Corpo traz a figura de uma mulher ao lado de um corpo desconhecido em decomposição coberto por sacos de lixo em uma comunidade periférica de São Paulo. A peça, com texto de Kiko Marques, direção de Eric Lenate e atuação de Bete Correia, estreia em temporada presencial a partir do dia 15 de novembro, segunda-feira, 19h, no porão do Teatro Sérgio Cardoso, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte, e também em temporada online via Sympla Streaming a partir do dia 22 de novembro, segunda-feira, 19h.

 

A peça conta sobre uma mulher a quem o público não conhece e nem sabe o que faz. Ela luta contra as tentativas de retirarem o cadáver que está ao seu lado. Ao mesmo tempo em que luta, narra passagens de sua vida, num fluxo que se alterna entre delírios e lembranças desconexas de sua história de mulher nascida e criada num lugar onde o estado não chega. "O ato político dessa mulher é estar ao lado daquele corpo, contando aquela história, encenando aquele ato fúnebre, maldito, que é entregar o corpo do ser amado aos abutres", comenta Kiko Marques. 

 

O que há de real na história e o que dela foi construído, assemelha-se à Antígona, tragédia de Sófocles, onde a protagonista é impedida de enterrar seu irmão, considerado um traidor do estado. Em 'A Mulher e um Corpo', assim como na tragédia grega, o estado é representado por um homem que dita as regras do alto de sua vontade. "É uma tragédia que destrincha a violência e o mecanismo contra o corpo da mulher e também a história de uma representante que sobrevive a uma tragédia que não é só dela", diz o diretor Eric Lenate.

 

Na peça, o cenário é um país real, um Brasil assustadoramente desigual, onde a grande maioria das pessoas é confinada a um destino de trabalho, reprodução e consumo, onde se vive sem acesso ao básico do corpo e do espírito, escravos dos mais primitivos quereres e suas explosões. "Estamos falando da mulher e seu direito a ser dona de si e de seu corpo. Uma mulher que, no ato de definir seus caminhos, ato puro e necessário de autonomia e individuação é julgada e punida como uma criminosa que ultrapassa o campo da individualidade e ameaça o poder do estado", ressalta Kiko Marques.

 

Ficha Técnica

 

Autor – Kiko Marques

Diretor Artístico – Eric Lenate

Atriz – Bete Correia

Produção – Carlos Martin

Assistente de Produção –  Tânia Paes

Assistente de Direção – Vitor Julian

Cenografia - Eric Lenate 

Iluminação – Silviane Ticher e Eric Lenate 

Operador de Luz – Silviane Ticher

Operador de Som - Vitor Julian 

Fotografia - Leekyung Kim

Coordenadora Administrativa - Michelle Gabriel


 

Serviço
A mulher e um corpo

Local: Teatro Sérgio Cardoso - (Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista) e via Sympla Streaming

Temporada Presencial: De 15 de novembro a 16 de dezembro, de segunda à quinta às 19h (exceto dia 25/11).

Temporada Digital: De 22 de novembro a 23 de dezembro, de segunda à quinta às 19h (exceto dia 25/11).

Por Appa
Adm
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